Olimpíada de Língua Portuguesa
chega a sua terceira edição e nós que fazemos parte da EEM Francisca Moreira de
Souza nos envolvemos completamente nesse projeto, com o objetivo de conhecer
melhor “o lugar onde vivo”, fazer usos reais da língua como uma forma de
exercermos a nossa cidadania. Parabenizamos o aluno Guilherme Rodrigues
da Silva do 1º ano H da extensão de Parajuru. A crônica dele “Campos de Areia”
foi selecionada tanto na fase escolar quanto na fase
municipal da olímpiada. Nós, núcleo gestor, grupo docente e discente estamos
torcendo para que você chegue a fase regional. Parabenizamos também a
aluna Juliana Pereira do 3º ano A que participou na categoria artigo de
opinião na fase escolar. Agradecemos também a todos os professores de Língua
Portuguesa dessa escola pela dedicação, empenho na realização das oficinas da
OLP.
Lagoa sem lagoa
Lagoa
de Dentro, comunidade da região litorânea do Ceará. Conhecida por suas belas
lagoas, não há ninguém do município - Beberibe- que não tenha vindo aqui.
Porém, esse patrimônio natural está próximo a ser contaminado, ou até mesmo exaurisse,
já que moradores que possuem terrenos próximos a margem da laguna principal,
lavam roupa e jogam lixos nas águas. Sendo que esse último não só os moradores
o fazem, mas também os visitantes.
Dados
da UNESCO mostram que6 bilhões de pessoas no mundo utilizam cerca de 54% de
água doce disponível em rios, lagos e aquíferos. Aqui não diferente, pois,
muitos retiram da lagoa água para o consumo. Sem falar nos que dependem da
laguna para alimenta-se e complementar sua renda, e nos que nela encontram
lazer, fazendo as famosas "paneladas"
e praticando esportes próximos a nascente.
Porém,
a maioria dos que desfrutam dos recursos hídricos, são os mesmos que o poluem.
Mal sabendo eles que os resíduos que são jogados na laguna podem ser engolidos
por peixes, e o pior, o produto químico do sabão contém nutriente como fósforo,
que em excesso pode provocar a eutrofização dos corpos d'água e
consequentemente a proliferação de algas, que causam mau cheiro, gosto ruim na
água e mortalidade de peixes por asfixia, já que durante o período noturno ela
retira o oxigênio da água. E corpos d'água contaminados transmitem doenças como
disenteria e hepatite. Convenhamos que não seja nada agradável banhar-se e
beber a água de um local como esse.
E
o que me deixa mais triste é saber que aqueles que não poluem a água e que são os
mais prejudicados não se manifestam para mudar á situação, pois, segundo eles
só iria trazer conflitos e não chegaria a lugar nenhum. Nem mesmo os líderes -vereadores-
da comunidade dão relevância a esse assunto, e dizem que apenas poderão fazer
algo se ganharem as eleições. Logicamente quem se dá bem nessa história são
proprietários dos terrenos próximos a
margem, que contestam que as terras são deles e fazem o que quiserem.
Acredito
que poderíamos resolver a situação, se formássemos mutirões para conscientizar
as pessoas, principalmente os visitantes, e falar com os responsáveis dos
danos, mas ninguém se manifesta. Então sei se minha localidade é muito
pacifista, por não querer gerar conflitos, ou muito acomodada, apenas tenho a
certeza de que precisamos rever nossa crença de que a água é abundante, porque
isto depende de como utilizamos este recurso. Mas não perco a esperança de que
um dia essa situação seja revertida, pois, está contido Código Florestal, art.2,
que área que possuem importâncias ecológicas como morros, rios e lagoas podem
se tornar uma Área de preservação Permanente. E segundo a Lei Municipal, art.
24, serão punidos aqueles que utilizarem indevidamente ou degradaremos mananciais.
Então o que me basta é esperar que a lei se cumpra.
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Texto: PCA - Meire Celedônio e alunos
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